segunda-feira, 15 de setembro de 2008


Olho para a estrada e vejo meus passos em sua direção.
Parece que a estrada está partindo.
Pareço um menino; um menino que sente falta do colo da noite, das estrelas da madrugada e dos ventos do amanhecer.
Sou um menino que só aprendeu a ler depois de encontrar teus poemas.
Venha e me torne teu poema mais inquieto ou nada mais...
Sou inteiro porque um dia fui tua metade.
Sou metade porque um dia você me esqueceu em sua gaveta, trancada, lacrada e empoeirada.
Antes de tudo sou um papel em branco e espero que você possa me escrever e enxergar tudo o que sou.
“O frio é o agasalho que esquenta o coração gelado quando venta”

sábado, 13 de setembro de 2008



A vida corre parada, corre sem sair dos segundos...
Venha e tente provar que estou caminhando. Tente me achar no meio das palavras traiçoeiras. Eu não estou mais caminhando!
A vida corre parada! Entenda que eu não sou mais o dono dos segundos e nem o guardião das rimas quase sempre perfeitas. Sou um coração em devaneio; um coração sem intuições ou qualquer outro tipo de sofrimento... Estou me entregando ao devaneio, por isso, não sinto, não sou, não rimo, não respiro, não transpiro e nem sequer sinto... Sou a loucura!
Me chame assim, pois quem sabe conseguirei entender o motivo do poema.
Me chame assim e talvez um dia conseguirei te escutar com a cura.
Não me chame! Sou tão louco que nem posso ouvir; escuto apenas meus próprios pensamentos que por meio de tanto desalento o que sobrou foi meu silêncio.
Confuso!
Poema confuso!
Letras que formam frases confusas.
Papel em branco e pensamentos iguais.
Sem sentido, sem sentir.
A vida corre!
A vida corre...
Eu tento fugir, mas no fim só encontro tuas palavras que de tanto repetir se tornou a canção que embala meu poema dormente e inquieto.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008


Se deixar levar...
Deixar leve...
Deixar levar!
Leve o corpo que eu me cubro com pensamentos.
Leve é o pensamento distante do teu corpo!
Leve meu telhado e eu me protejo com papeis... Torno o poema meu lar!
Leve a caneta!
Leve é a caneta sem o peso da dor no peito, sem os lamentos da noite escura e sem luar.
Tente sumir com minhas frases... com minhas rimas.
Apenas tente!
Tentar?
Tento escrever diariamente...
Tento formar palavras!
Tento domar as palavras que saem loucamente em sua direção, mas qual é a direção se neste instante me perdi de você?
Me perdi do teu endereço, me perdi do teu afago, do teu apego...
Leve é a doce lembrança que me faz passear por papeis que ontem estavam em branco e hoje conseguem contar histórias.