sábado, 23 de agosto de 2008


Decepções a parte...
Tudo faz parte desse amontoado de coisas insignificantes que ficaram martelando em meus lençóis. Não culpo a música que toca e nem mesmo o tempo chuvoso, tristonho e amargo do momento, desse exato momento. Não escrevo para completar nenhum poema que não seja minha infinita sabedoria e infinita benevolência diante de tanta crueldade poética saída dos dedos alheios. Nem sei se reconheço o rosto no meio de tanto silencio. Não sei se me reconheço! Reconheço os poemas, as palavrinhas que ficam martelando carinhosamente e traiçoeiramente em meus ouvidos... A música fere; Ferem os dedos, o papel, a escrita, a rima, o poema não dito, a frase desfeita, o equilíbrio dos desequilibrados. Sinto a ferida e no mesmo instante sinto a cura. Não se cure! Eu me curo! E continuo a enlouquecer a cada instante...
Decepções a parte...
O que seria dos poetas sem a doce e amargurada solidão?

sábado, 16 de agosto de 2008


Saudade...
Saudades...
Saudade dos passos em minha direção.
Saudade do cheiro, do tempo, dos segundos...
Sinto falta de quando te sentia chegando, quando o vento trazia teu cheiro, tuas idéias, tua razão.
Falta!
Falta você aqui pra me dizer o quanto estou errada.
Falta teu cheiro aqui pra impedir que eu adormeça no escuro.
Onde está você?
Onde estamos nós?
Sei que você está em meu pensamento, mas já não sei por onde estou.
Não conheço a estrada e nem o sentimento.
Queria caminhar em tua direção, mas no momento flutuo na saudade dos teus olhos.
Sinto falta da fumaça do teu cigarro.
Sinto falta!
O telefone não toca!
Eu não escuto!
Estou ouvindo tua voz...