sábado, 23 de agosto de 2008


Decepções a parte...
Tudo faz parte desse amontoado de coisas insignificantes que ficaram martelando em meus lençóis. Não culpo a música que toca e nem mesmo o tempo chuvoso, tristonho e amargo do momento, desse exato momento. Não escrevo para completar nenhum poema que não seja minha infinita sabedoria e infinita benevolência diante de tanta crueldade poética saída dos dedos alheios. Nem sei se reconheço o rosto no meio de tanto silencio. Não sei se me reconheço! Reconheço os poemas, as palavrinhas que ficam martelando carinhosamente e traiçoeiramente em meus ouvidos... A música fere; Ferem os dedos, o papel, a escrita, a rima, o poema não dito, a frase desfeita, o equilíbrio dos desequilibrados. Sinto a ferida e no mesmo instante sinto a cura. Não se cure! Eu me curo! E continuo a enlouquecer a cada instante...
Decepções a parte...
O que seria dos poetas sem a doce e amargurada solidão?

Um comentário:

JK disse...

saudade estava eu dos teus escritos. Não fique tanto tempo sem escrever.

um beijo do Paulista.